you're the best thing I never knew I needed

Já pensei, já escrevi, já apaguei e rasguei. Pensei no que éramos, escrevi sobre o que passamos, já apaguei para esquecer e rasguei para não voltar a chorar. Mas não há forma de aprender, de resolver tudo isto, de pôr tudo para trás das costas e continuar em frente. Mas lá está, e querer? Há várias formas até. O maior problema é nem querer tentar. É o medo de esquecer o que quero mas também o que não quero. Medo de esquecer tudo, o que me dizias, o que fazias, o que sentias, e principalmente, a maneira como o demonstravas. As músicas, os textos, os beijos, os toques, os olhares, os sorrisos e até as lágrimas. Tudo até ao último pormenor. Eu não te quero esquecer. Só não me quero lembrar ainda sinto, cada vez que te vejo, cada vez que passas por mim. Porque eu ainda quero, quero viver tudo outra vez, mas de uma maneira em que cada dia pareça sempre o primeiro, em que não imaginássemos sequer o último, porque eu tenho a certeza que ele não ia existir. Mas não basta querer, e eu perdi as minhas oportunidades. A oportunidade de ser feliz com quem me amava, com quem eu amava, embora não percebesse ou não quisesse perceber. Mal eu imaginava que me ia arrepender mais tarde. Não me passava sequer pela cabeça o quanto eu ia sofrer por te dizer não. Mas eu sempre ouvi dizer que nada acontece por acaso, no entanto, eu ainda continuo à espera da razão.

quem ama nunca sabe o que ama
nem porque ama, nem o que é amar
eu sei, eu amo-te, foste tu que me ensinaste