there's nothing i can do

estes dias sonhei contigo, coisa que já não acontecia à algum tempo. era um dia como todos os outros, com a minha rotina diária. no intervalo estava sozinha e tinhas passado por mim, e como não poderia deixar de ser, não pude não olhar para ti. pouco depois, recebo uma mensagem. pensava eu ser uma das mensagens dos do costume, e não é que eras tu? disseste-me, "anda ter ao f". esquece, pulei de alegria, agarrei-me à cat e à taís e mostrei-lhes a sms, e parecíamos três tolinhas a festejar, mesmo sem sabendo o que querias. parecia que estava a reviver o passado, parecia mesmo real. o meu coração bateu a mil à hora, tal como bate como a janela do msn abre com o teu nome. bateu tão de força e não foi só no sonho, bateu mesmo de força que eu acordei. e qual foi a primeira coisa que fiz? pegar no telemóvel. tinha todas as mensagens possíveis e imaginárias, menos a que eu mais queria, a tua. então, desiludida, pousei o telemóvel, pus-me debaixo dos cobertores e voltei a adormecer. o sonho continuou, e eu já estava onde me pediste, contigo. lembro-me das tuas palavras como se fosse agora. lembro-me de como eu reagi como se estivesse lá neste momento. começamos a falar, mas desta vez eras tu quem estavas com a cabeça para baixo sem olhar para mim. falamos, falamos, falamos e eu puxei-me para a tua beira e pus a minha perna em cima da tua, tal como fazia. e tu disseste "ainda não perdeste esse vício?" e eu respondi, "só o faço contigo". tu esboçaste um sorriso, e eu disse que tinha saudades tuas. disse que sentia a tua falta, disse que gostava mesmo muito de ti, disse tanta coisa que se não fosse um sonho não conseguia. tu não me olhavas nos olhos, sempre com a cabeça para baixo. eu aproximei-me de ti e disse "não aguento mais" e foi então que ganhei coragem, fiz o que tanto queria, o que tanto esperava, o que mais precisava. e tu correspondeste. ó, parecia tão real. é por estas e por outras que até gostava de não me lembrar dos meus sonhos, mas lembro-me de tudo, tudinho. mas até é bom, porque por umas horas caio na ilusão e sou feliz. sou feliz como era contigo. depois de tudo isto, tudo disseste "vamos tentar?", fiquei radiante, até devo ter sorrido a dormir. não tinha palavras para te responder e a única coisa que consegui dizer foi "amo-te". o intervalo acabou, despedimos-nos e foi cada um para a sala, como dantes. porque é isto só acontece nos sonhos? porque não pode acontecer mesmo? não custa assim muito. podias tentar, por mim. por nós. garanto-te que ia ser a gaja mais feliz do mundo se o fizesses. mas nem tudo é um mar de rosas e eu não sei quanto mais tempo isto vai durar, mas marcaste-me mais que todos os outros, és o maior de todos! amo-te tanto, and there's nothing i can do.

p.s: ultimamente não páro de ouvir a "ouvi dizer".